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https://youtu.be/HAugWGcXE9o?si=miUxJXwDtnEXAA04
Liderança feminina e conservadorismo: o teto de vidro ainda resiste
O poder feminino ainda incomoda e isso diz muito sobre nós
Décadas se passaram desde que mulheres começaram a ocupar cargos de liderança. Elas estão em conselhos, diretorias, startups e à frente de grandes decisões.
Mas ainda há um incômodo silencioso, na resistência enraizada que não aparece nas planilhas, mas nas entrelinhas.
Por mais que os números mostrem avanços, o conservadorismo corporativo continua ditando as regras não ditas:
quem pode liderar, como deve se comportar e até o tom de voz que é “aceitável” em uma sala de reunião.
E é aqui que mora o verdadeiro desafio da liderança feminina: não é apenas conquistar o cargo, mas sobreviver nele sem precisar pedir licença para existir.
O conservadorismo disfarçado de “cultura organizacional”
O conservadorismo no ambiente de trabalho não se manifesta com discursos explícitos.
Ele é sutil, sistêmico e, justamente por isso, perigoso.
Está presente quando:
- Mulheres assertivas são chamadas de “difíceis”;
- A maternidade vira sinônimo de “risco de produtividade”;
- E quando a diversidade é tratada como pauta de marketing, não de gestão.
Enquanto isso, homens seguem sendo promovidos por potencial e mulheres, por comprovação.
Esse é o verdadeiro desequilíbrio: o da confiança.
Os números ainda não mentem
Mesmo com décadas de debate sobre igualdade de gênero, os dados continuam revelando a distância:
- Segundo a ONU Mulheres, apenas 28% dos cargos de alta liderança no mundo são ocupados por mulheres;
- No Brasil, esse número cai para menos de 20%;
- E quando falamos de mulheres negras, o percentual despenca para menos de 5%.
Esses números não representam falta de competência, representam barreiras culturais e estruturais que continuam sustentadas pelo conservadorismo corporativo.
A nova liderança: quando o estilo feminino ameaça o status quo
As líderes mulheres têm introduzido um modelo diferente de poder, mais colaborativo, empático e estratégico.
E é justamente isso que desafia o padrão tradicional, historicamente masculino, competitivo e hierárquico.
O resultado?
Enquanto algumas empresas enxergam nesse novo perfil um diferencial competitivo, outras ainda o tratam como ameaça à “forma tradicional de fazer negócio”.
Mas ignorar esse movimento é negar o futuro.
A liderança feminina não é tendência, é transformação cultural.
E quem não acompanhar, ficará obsoleto antes do próximo balanço anual.
Mudanças reais exigem coragem institucional
Promover mulheres à liderança não é apenas uma questão de equidade; é uma decisão estratégica.
Pesquisas da McKinsey e do Fórum Econômico Mundial apontam que empresas com maior diversidade de gênero em cargos executivos têm até 25% mais chances de superar seus concorrentes.
Ou seja: incluir mulheres é bom para os negócios.
Mas para isso, as organizações precisam deixar de apenas falar sobre diversidade e começar a praticá-la com políticas concretas, como:
- Processos seletivos transparentes e inclusivos;
- Programas de mentoria e liderança feminina;
- Cultura de gestão baseada em resultados, não em estereótipos.
O desafio agora é outro: as empresas estão prontas para lideranças que desafiam o status quo, ou ainda têm medo de mudar o modelo de poder?
💡 A GTI Group preparou um vídeo completo sobre esse tema no canal do YouTube, explorando como o conservadorismo ainda impacta as mulheres líderes e o que precisa mudar nas organizações. Assista e reflita!
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